Durante suas pesquisas sobre imagens mitológicas como representações de como a psique funciona, Jung também percebeu que os tratados alquímicos eram projeções metafóricas dos processos psicológicos de pessoas que procuravam se desenvolver psicologicamente, os alquimistas.
Ele percebeu que haviam fases, com descrições parecidas entre os processos descritos ali nos tratados e as fases do desenvolvimento psicológico de seus pacientes e, especialmente, de si próprio.
Por vezes os pacientes precisavam ter vivências de queimarem suas verdades absolutas, outras vezes precisavam ficar menos duros, mais flexíveis, como algo rígido após ficar de molho na água e assim por diante. Imagens que brotam universal e espontaneamente do inconsciente. Imagens que podem ser vistas com alguma frequência nas entrelinhas dos sonhos e fantasias.
Assim, os alquimistas descreveram operações alquímicas utilizando os quatro elementos, além dos produtos mágicos-químicos.
Estas imagens e sequências de imagens não são lineares, como um caminho de evolução organizado pelo ego da consciência, mas seguem caminhos em paralelos, espiralados, ou em ramificações como teias, conforme bem sistematizou Edinger (no livro Anatomia da Psique), estudioso de Jung.
Jung escreveu vários volumes de sua obra sobre o assunto, especialmente no final de sua vida.
Psicólogos, estudantes de psicologia, psicanalistas, Terapeutas, profissionais da área da saúde e interessados no assunto.
Alex Rocha
Psicólogo Clínico em São Paulo. Tem especialização em Psicologia Analítica e em Psicologia Sistêmica. É professor e supervisor em Psicoterapia de Crianças.